sábado, 8 de outubro de 2011

Sociologia + Arte(parte III)


  Becker e a arte como ação coletiva


 A participação e experiência pessoal em vários mundos artísticos levaram-me a uma concepção da arte com uma forma de ação coletiva.

                                                                              




 É facilmente sustentável a posição de que a arte possue amplo caráter social. O autor exemplifica, para melhor ilustração, que ao focalizar uma obra de arte especifica é útil pensar na organização social como uma rede de pessoas que cooperam para produzir e até consumir a obra em questão através de elos cooperativos.

 Outra linha de pensamento que permite a continuidade dessa tese central encontra-se no tocante das convenções: As convenções tornam a ação coletiva mais simples e menos custosa no que se refere a tempo, energia e outros recursos; mas elas não tornam impossível a obra não-convencional, tornam-na mais custosa e mais difícil.

 Ainda em relação às convenções, elas sugerem o grau de institucionalização desse processo. Tipos de artistas se configuram a partir do nível de alinhamento a essas convenções: o tipo ingênuo não seria de grande interesse sociológico por estar fora do contexto dessas convenções e preservar baixa interação social; o tipo integrado estaria alinhado às convenções, estaria legitimado, portanto, seria consagrado em seu meio; e o tipo inconformista, seria aquele que inicialmente se socializa, emerge no próprio mundo das convenções, e, posteriormente, rompe (podendo se reintegrar ou não).
 Com isso, a arte é social no sentido de que ela é criada por redes de relações de pessoas que atuam juntas e propõe um quadro de referência no qual formas diferentes de ação coletiva, mediadas por ações aceitas ou recentemente desenvolvidas, podem ser estudadas – como direciona Becker

Eu, realmente, super indico!



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