Pois que reinaugurando essa criança
pensam os homens
reinaugurar a sua vida
e começar novo caderno,
fresco como o pão do dia;
pois que nestes dias a aventura
parece em ponto de vôo, e parece
que vão enfim poder
explodir suas sementes:
que desta vez não perca esse caderno
sua atração núbil para o dente;
que o entusiasmo conserve vivas
suas molas,
e possa enfim o ferro
comer a ferrugem
o sim comer o não.

João Cabral de Melo Neto - Recifense, primo de Bandeira e Freyre. 

(O mais interessante desse blog é que não tenho feito nenhum tipo de divulgação... Então, se em alguns blogs por aí, nem os pais dos respectivos donos leem; aqui, nem meus amigos passam! rs)



 Esse ano foi realmente puxado! Me predispus a dar o devido valor a minha faculdade(pow, estudo na UFPE); e isso me fez: virar madrugadas lendo, passar mais tempo fora de casa, estudar em dois turnos(tarde/noite), deixar alguns amigos de lado, me dedicar menos a outras coisas...
Hoje vejo que posso balancear essa "entrega" e não abandonar outras prioridades, a exemplo dos amigos. Mas, com muito orgulho, posso dizer que valeu a pena! Tenho colhido bons frutos por essa dedicação, e sei que muito mais estar por vir!

 E aí, finalmente, chegaram as férias! Acho essas férias de final/começo de ano perfeitas: época natalina, a magia do reveillon, um ano novinho em folha para idealizações e, principalmente, sonhos! Muitos deles!!!

 Muito grata e feliz, posso afirmar que tudo aquilo planejado para 2010 foi conquistado! Isso só me traz mais ânimo, e a certeza de que posso além!

 Agora... Bem, vou dormir pelo resto da semana; melhorar pele e cabelo(sem corpolatria, claro), me preparar pra 2011, e aguardar minha tão esperada viagem de janeiro!



                                                     Beijos!


                                  

                                          
Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo, 
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!




                        Mário Quintana