sábado, 27 de novembro de 2010

Comer Rezar Amar

 Há algumas semanas tive o prazer de assistir no cinema ‘Comer Rezar Amar’. Não criei expectativas, não li o livro homônimo... Enfim!

Apesar de certo desinteresse, fui sendo encantada aos poucos.


A história autobiográfica fala sobre Elizabeth Gilbert, ou simplesmente, a  Liz – Interpretada pela bela Júlia Roberts. 


 Liz chega aos 30 anos e , apesar de certo “sucesso” profissional e pessoal, encontra-se “vazia”: casada, porém sem mais aquele entusiasmo de início de relacionamento; não consegue mais escrever e não tem lançado livros.





 Para se preencher, a escritora decide reencontrar os seus prazeres perdidos: como o gosto pela boa comida, o prazer de meditar, e, quem sabe, um amor. Por isso, ela escolhe viajar pela Itália, Índia e Indonésia.




















 É na Itália onde a nossa viajante Liz Conhece um grupo que a adota, levando-a para restaurantes e até para casas de campo, onde passam o feriado de Ação de Graças. Não podia ser em outro país, lá ela redescobre o prazer da boa comida. Além disso, encontra a alegria de não fazer nada - o famoso dolce far niente. 

Antes de atacar uma massa italiana...










"Estou de caso com a minha pizza!"





Dolce far niente!


 Na Índia ela conhece o Richard (interpretado pelo também Richard, só que Richard Jenkins). E uma boa história lateral acontece: mesmo com pouca relação com a religião local, ele torna seu amigo e uma espécie de mestre.

O estranho, o novo.
Richard
Praticando
Assimilando




                                                    


























Por fim (e não menos importante, porque, para mim, foi a melhor parte!), ela segue rumo à Indonésia

                                                    


 Lá reencontra seu verdadeiro guru, de uma viagem anterior ao mesmo local, que propõe que ela encontre o equilíbrio entre o prazer e a censura.



Mas a passagem pela linda Bali não é especial só por isso: Liz é apresentada a uma curandeira, que, junto com a sua filha, são responsáveis por um dos  momentos mais emocionantes do longa; e também conhece o brasileiro Felipe(interpretado por Javier Barden), e, através dele, se depara com o terceiro elemento do tripé tão almejado. Sem maiores detalhes, só digo que também em Bali somos contemplados com o Samba da Benção de Vinicius de Moraes.

  
                                                  


























                             Mas, o que internalizar do filme?


 Será que é preciso chegar aos 30 pra se descobrir de verdade e descobrir (ou redescobrir) os verdadeiros prazeres?
Acredito que o auto-conhecimento e a própria redescoberta dos prazeres  precisa atingir um nível de busca contínua nas nossas vidas, para que não se desencadeia crises tão bombásticas e arrasadores que necessitem de um dispêndio como o de Liz - apesar de que acho legítimo os momentos em que o maior desejo seja o de "sumir". 











 Onde, qual é o equilíbrio entre a busca pelo exterior(trabalho, carreira, relacionamentos, filhos etc) e a busca pelo interior (self, sentimentos, valores, virtudes etc)? 


Isso vai, realmente, de cada um! Sendo sadio... Está aí o equílibrio!



Pra finalizar, algo bem interessante: a própria Liz refuta seguir à risca os ensinamentos hindus quando passa pela Índia. Como se mostrasse que, as religiões não são – ou não deveriam ser – dogmas impostos, mas, sim, sugestões de comportamento; trilhas onde cada indivíduo vai dar o tom da sua própria caminhada. Perfeito!



                    E aí, vamos fazer como a Elizabeth Gilbert?

 

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